terça-feira, 27 de agosto de 2013

O que a gente faz?



Quando não há mais o que fazer, o que a gente faz?
Pra onde a gente corre?
Pra que a gente recorre?
Pra quem a gente grita? Pra quem a gente liga? Pra quem a gente chora?
Quando a gente se perde, é um pedaço da gente que morre, é um pedaço da gente que sofre, é um pedaço da gente, perdido, sem guia, sem força pra voltar. Mas quando a gente se perde, quem encontra a gente?
Quando nada mais parece fazer sentido o que a gente faz?
Quando tudo o que foi vivido é jogado fora, sem dó, o que a gente faz?
Quando suas palavras já não valem nada, sua presença já não é mais desejada e você existir tanto faz, o que a gente faz?
Quando qualquer outra pessoa pode fazer o que você fazia, quando qualquer lugar sem você é bom, quando todos ganham atenção e pra você não sobra nem a interrogação, o que a gente faz?
Quando você percebe que a busca por um novo alguém é incansável, quando você percebe que você já não é valido a ponto de merecer atenção, quando você ouve um: Não preciso disso! Não preciso de você, o que a gente faz?
Quando você vê, quando o seu próprio inconsciente chora por saber, mas ouve do outro que nada disso é verdade, o que a gente faz?
O que a gente faz, quando precisa do ser mais próximo da sua vida pra abraçar e o abraço é negado? O tempo para estar junto é jogado fora como se tivéssemos todo o tempo do mundo?
O que a gente faz?
Ou a gente não faz?
Tenho sentado pra esperar o tempo passar. Tenho esperado por uma absolvição que jamais encontrei. Tenho chorado, chorado sim, não sei porque, mas tenho. Tenho buscado dias melhores, ser melhor, fazer dos outros o melhor que podem ser, fazer que tenham o melhor que podem ter. E tenho tentado... tentado muita coisa, tentado quase tudo, tentado viver, tentado esquecer, tentado lembrar só de coisas boas, tentado ser melhor, tentado fazer o bem, tentado não olhar pra muito longe do que meus olhos podem ver. Tenho tentado acima de tudo, ver por cima dos problemas embora todos eles tenham estado sempre acima do que penso ser minha capacidade. Dizem que todos um dia atravessaram por todos os estágios da morte: medo, abandono, raiva, depressão e aceitação.
E afinal, o que a gente faz, quando nada que a gente faz resolve o que a gente precisa fazer?


“...Momentos depois, as setecentas pessoas não podiam fazer nada a não ser esperar... esperar para morrer, esperar para viver, esperar por uma absolvição que nunca viria.”
-Rose DeWitt Bukater

“...Um dia você aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.” 
-(Menestrel)

"...Sinto falta de você e a palavra que me cura ninguém vai dizer..."
- (Vitor e Léo)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Paginas para um Coração Valente



O futuro não pertence a nós, pertence a si mesmo. Só o futuro saberá dizer o seu 'futuro' desenrolar...
Só o futuro unido ao Pai do destino são capazes de saber onde se darão por contentes quanto ao conteúdo, número de dias, ou melhor, oportunidades, paginas em branco que ainda teremos para esperar o melhor, para não perder a esperança de que o melhor ainda esta por vir, porque agora, horas, dias e meses passam a ser contados como paginas, as chamadas paginas da vida...

Sendo assim, eu desejo paginas melhores...
Desejo as melhores paginas...
Desejo paginas marcadas, gravadas, tatuadas, timbradas, carimbadas e acima de tudo lavradas pelo melhor que ainda esta por vir.
Desejo pontos finais nas tristezas. Desejo reticências em cada fim de frase que termine com sorriso. Eu espero que cada felicidade apenas seja interrompida por outra maior, ou, por uma simples vírgula e, que esta, apenas de margem para que coisas boas sejam escritas a seguir e, que nunca, jamais, frases assim sejam interrompidas por qualquer tipo de ponto final ou, o negro ponto do adeus.
Saliento que, pontos assim não são bem-vindos, nesse livro não há espaço para eles... Dita o escritor das paginas penas tentando e esperando, agora, por paginas majestosamente transbordantes de bons momentos.
Desejo que as paginas sejam novas, imaculadas de tristeza e mágoa. Isso, desejo que o choro não caiba em muitas paginas, que seja apenas o necessário.
Desejo virar a pagina e não prender, não ser preso, não aprisionar sentimentos alheios, não desejo paginas escritas por corações forçados a se fixar.
Desejo páginas leves, que possam ser viradas com a leveza de apenas uma brisa...
Desejo que a cada fim de pagina não sobre tempo para lembrar com tristeza do que ficou na pagina anterior, desejo que sobre apenas o lembrar com saudade, porque saudade se remete ao esplendor dos bons momentos vividos.
Desejo em cada pagina nova, dois dedos de paragrafo e o seguinte cabeçalho:
Terra do Nunca, dia feliz, do jeito que tem ser, do ano mais esperado!
Que as próximas folhas não tenham marcas de lágrimas, não tenham perdas bruscas e choro de partida.
Não sei o que o tempo ira trazer, não sei o que o tempo ira dizer, mas sei o que desejo e digo, quero paginas onde os bons ainda sejam a maioria.
Desejo que este livro ganhe um nome e, que fique marcado em um lugar precioso, cheio, mas que não pode transbordar de cheio, um lugar puro que só os bons podem ver, este livro se chamará coração, ou melhor, coração valente, já que para sobreviver as tristes paginas do passado, a valentia fez toda diferença, coração assim tem o meu orgulho, tem o meu respeito e, acima de tudo, tenho dentro do meu peito.