Quando não há
mais o que fazer, o que a gente faz?
Pra que a gente
recorre?
Pra quem a gente
grita? Pra quem a gente liga? Pra quem a gente chora?
Quando a gente se
perde, é um pedaço da gente que morre, é um pedaço da gente que sofre, é um
pedaço da gente, perdido, sem guia, sem força pra voltar. Mas quando a gente se
perde, quem encontra a gente?
Quando nada mais
parece fazer sentido o que a gente faz?
Quando tudo o que
foi vivido é jogado fora, sem dó, o que a gente faz?
Quando suas
palavras já não valem nada, sua presença já não é mais desejada e você existir
tanto faz, o que a gente faz?
Quando qualquer
outra pessoa pode fazer o que você fazia, quando qualquer lugar sem você é bom,
quando todos ganham atenção e pra você não sobra nem a interrogação, o que a
gente faz?
Quando você
percebe que a busca por um novo alguém é incansável, quando você percebe que
você já não é valido a ponto de merecer atenção, quando você ouve um: Não
preciso disso! Não preciso de você, o que a gente faz?
Quando você vê,
quando o seu próprio inconsciente chora por saber, mas ouve do outro que nada
disso é verdade, o que a gente faz?
O que a gente
faz, quando precisa do ser mais próximo da sua vida pra abraçar e o abraço é
negado? O tempo para estar junto é jogado fora como se tivéssemos todo o tempo
do mundo?
O que a gente
faz?
Ou a gente não
faz?
Tenho sentado pra
esperar o tempo passar. Tenho esperado por uma absolvição que jamais encontrei.
Tenho chorado, chorado sim, não sei porque, mas tenho. Tenho buscado dias
melhores, ser melhor, fazer dos outros o melhor que podem ser, fazer que tenham
o melhor que podem ter. E tenho tentado... tentado muita coisa, tentado quase
tudo, tentado viver, tentado esquecer, tentado lembrar só de coisas boas,
tentado ser melhor, tentado fazer o bem, tentado não olhar pra muito longe do
que meus olhos podem ver. Tenho tentado acima de tudo, ver por cima dos
problemas embora todos eles tenham estado sempre acima do que penso ser minha
capacidade. Dizem que todos um dia atravessaram por todos os estágios da morte: medo, abandono, raiva,
depressão e aceitação.
E afinal, o que a
gente faz, quando nada que a gente faz resolve o que a gente precisa fazer?
“...Momentos depois, as setecentas pessoas não podiam fazer nada a não ser esperar... esperar para morrer, esperar para viver, esperar por uma absolvição que nunca viria.”
“...Um dia você aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.”
-(Menestrel)
"...Sinto falta de você e a palavra que me cura ninguém vai dizer..."
- (Vitor e Léo)