A vida é
um entra e sai constante, é um leva e tras certeiro, se faz
bela e no piscar dos olhos se mostra dura, dificil de levar, te
coloca face a face com o seu maior medo.
Afinal,
qual o seu maior medo?
O morrer? A pobreza? Perder parentes? Pais? Amigos? Perder tudo o que tem?
Perder o amor da sua vida? Dormir no escuro? Apagar a luz e não
encontrar a cama ou o famoso monstro que mora embaixo dela? O que
sera que nos causa tanto medo?
Todos os
medos sao iguais, certeiros diante da perda, sim, a perda, nada causa
tanto medo quanto a perda, tudo se resume no “eu sem o que mais amo
ou quero”.
De
qualquer forma, nãos os fale alto, a vida pode ouvir!!
São
altos e baixos, só que de tudo um pouco, nada é tão
certo como a incerteza do que vira ao amanhecer.
De um
ponto de vista distante, o medo pode não parecer de interesse
particular, mas na imensa Terra, em toda a história e em todos
os tempos e eras, já afetou a cada ser vivente que respira ou
já respirou nesse mundo.
Para nós,
não é diferente. Considere novamente quem está
aqui, quem está em casa, nós mesmos, todas as pessoas
que você ama, todas as pessoas que você conhece, que você
já ouviu falar e todo ser humano que já existiu.
Viveram suas vidas e fizeram seu melhor, mas não foram e nem
sentiram coisas diferentes do que sentimos hoje.
Em um
agregado de alegria e sofrimento, em todas as inúmeras
religiões, ideologias e doutrinas, todos os caçadores e
saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de
civilizações, reis e camponeses, jovens e casais
apaixonados, todas as mães e pais, crianças, inventores
e exploradores, cada professor de moral, cada político
corrupto, cada astro de TV, cada líder supremo de nação,
cada santo e cada pecador na história da nossa espécie,
ali, como um grão de poeira suspenso, já teve medo.
Em
nossa obscuridade, em toda essa imensidão que as vezes
parecemos estar sozinhos com nossos próprios medos, mesmo
assim, nunca houve nenhum indício de que a ajuda virá
de outro lugar para nos salvar de nós mesmos.
Afinal, se tratando de
perdas, nunca se ouviu falar de que um dia, fica mais fácil
aceitar e entender. Apenas somos marionetes, que como bons submissos,
finge esquecer e passar por cima, agindo como se nada tivesse
acontecido. Porque o desapego nunca é fácil, é
como uma morte lenta, interior, sem ninguém saber, só
você, sozinho, perdendo o jogo, mas ainda assim, desejando
coisas grandes, esperançoso de que eles possam te mover a cada
minuto ao rumo da sua felicidade, esperando por um lindo e novo
amanhecer no qual acordaremos, nos vestiremos, nos refaremos e
partiremos de frente, focados, em busca de um novo dia, quiça, dessa
vez, sem perdas e liberto dos medos.