No palco do tempo somos apenas atores de uma peça já escrita, fazemos parte de um teatro onde o destino já está traçado, passado, presente e futuro se cruzam e passam a preencher folhas em branco que na verdade já estão todas preenchidas. Os segredos são guardados, como em um teatro onde todos esperam as cortinas se abrirem para desvendar o que há por vir. E como se todos esses segredos enfim fossem sendo revelados, assim acontece como se estreassemos, dia a dia, parte a parte. Pensamos estarmos vivendo por intuição ou por escolhas, acreditando ser os senhores do nosso destino, mas na verdade tudo não passa de pontes que vão sendo criadas e então quem diz quem é quem e quando essa peça termina é o autor do tempo e não há outra saída, é pra ele que todos os ventos sopram, todos os caminhos levam, e no final não importa os mares que navegamos ou pra quão longe voamos, trilhamos nossos caminhos e os entregamos a quem chamamos de destino.